Porém, até meados do século XIX, os sujeitos históricos eram grandes personagens, como imperadores, reis, generais e papas, atribuindo a história aos próprios feitos individuais dessas pessoas.
Essa visão da história foi se modificando no final do século XIX, quando mulheres, operários, pobres e povos colonizados surgiram nesse discurso ao começarem a se rebelar contra a dominação exigindo ser parte da história.
Aqui tenho dois textos que mostram a visão sobre os sujeitos da história. O primeiro foi escrito por Thomas Carlyle (1795 - 1881), escritor inglês, e o segundo por Karl Marx (1818 - 1883).
"A História Universal, a história do que o homem completou no mundo é, na realidade, a História dos grandes Homens que trabalharam na terra. Eles foram os condutores, os modeladores, os padrões e, num largo sentido, os criadores de tudo o que a massa geral dos homens procurou fazer ou atingir. E a alma da História da Humanidade pode ser considerada como sendo a história desses grandes homens"
CARLYLE, Thomas. Os heróis e o culto dos heróis. São Paulo: Cultura Moderna, s/d p. 9.
"Os homens fazem a sua própria história,
mas não a fazem como querem, não a fazem sob circunstâncias de sua
escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e
transmitidas pelo passado."
MARX, Karl. O 18 Brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Nova Cultura, 1988. p. 7 (Coleção Os pensadores)
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